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http://noticias.terra.com.br/mundo/11-de-setembro-10-anos/noticias/0,,OI5342382-EI18316,00-NY+inicia+homenagem+as+vitimas+do+no+Marco+Zero.html
Resumo:
Na última semana, o mundo parou para lembrar as vítimas do fatídico atentado de 2001. Foram mais de 3500 mortos em algumas horas de sofrimento. Sei que é chover no molhado, mas é inevitável dizer que essa covardia originou 2 guerras, mudou a política americana, detonou principios básicos de privacidade e outras consequências mais... Um verdadeiro Tesarac.
Contudo, gostaria de pensar esses 10 anos de uma maneira um pouco diferente, sem nunca menosprezar a grandeza da tragédia. Qual a diferença principal entre o Holocausto e o 11 de Setembro? Apesar do Holocausto ter durado mais de 5 anos e matado mihões, há bem menos horas gravadas de imagens sobre ele do que sobre as pouco mais de 5 horas e 3500 mortes do 11 de Setembro. Há sempre um material inédito a ser exibido, uma nova abordagem, uma forma diferente de contar a história do 11 de Setembro vastamente documentada com vídeos e fotos. De forma que a tragédia pode continuar nova ainda hoje, 10 anos depois.
Se pararmos para pensar calmamente, o plano diabólico da Al Qaeda deu certo. A cada imagem, a cada documentário, a cada retrospectiva, não é só a memória da tragédia que nos volta, mas também o medo de ela poder se repetir a qualquer momento, em qualquer lugar, por qualquer motivo... nesse sentido, nossa indústria do entretenimento é o principal combustível para o Terrorismo, somos nós com nossa imensa curiosidade que criamos o clima ideal para que a guerra ao terror permaneça em nossas mentes e corações.
A tragédia nos fascina, é inevitável não se emocionar ao ver as torres queimando, mas sobretudo é impossível não assistir, não retroalimentar a máquina, não estimular que as imagens se repitam eternamente numa propaganda infinita de um medo latente.
A pergunta que fica é: quando/onde será o próximo ataque? Pois de tanto que nos acostumamos a esse medo, já nos é subconscientemente esperado que um próximo aconteça...Pode até ser que aconteça, ou que nunca venha a acontecer, contudo o que importa é o que o 11 de setembro pôs dentro de nós e as mídias fazem questão de reforçar: uma sensação de fragilidade enorme.
Precisamos aprender a conviver com isso.
Poesia:
Dez anos que atacaram as duas torres,
Mas o desespero de tanta gente
Ainda pulsa forte na nossa mente
Numa imagem doída que nunca morre.
Lá está, no detalhe, cada inocente,
Cada vítima que ninguém socorre,
Cada bombeiro que ao incêndio corre,
Cada alma que se joga loucamente.
Cenas que ficarão para sempre vivas
Na mente e nas telerretrospectivas
Para que nunca esqueçamos a dor.
Contudo, se a imagem nunca nos foge
E o medo de uma década é o de hoje,
Como vamos nos livrar do terror?
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