quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Semana de 16/10 a 22/10/2011: A divisão dos Royalties do Petróleo ou Como Fazer Caridade Com o Chapéu dos Outros





Matéria:

http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/10/senado-aprova-texto-base-do-projeto-que-redistribui-renda-do-petroleo.html


Resumo:

Ontem, na calada da noite, no sapatinho,para não dar tempo de sair nos principais telejornais, o Senado Brasileiro praticou um ato de covardia contra o Rio de Janeiro.


O projeto consiste em tomar uma parte da grana do Petróleo carioca e distribuir caridosamente entre os demais Estados do Brasil! Numa epifania federalista que não ocorreu com o ouro de Carajás, e que não ocorre com os minérios de Minas Gerais, com a madeira do Amazonas, com a energia do Paraná e com outras riquezas natuais do nosso país.

Infelizmente, quando se fala em dinheiro (especialmente em muito dinheiro) a lógica e a justiça são apartadas da discussão...ainda mais com tantos interesses eleitoreiros por trás. Se pensarmos friamente não há sentido algum em dividir o dinheiro do petróleo do Rio de Janeiro (que vai arcar com a infra-estrutura, que vai receber os trabalhadores envolvidos,  que vai sofrer os riscos ambientais) com o Amapá... mas pelo jeito isso será inevitável...

Abaixo um poema que ilustra irônica e claramente o recado dado pelo nosso Senado ontem.


Poesia:


Caros cariocas, o que é meu é meu, o que é seu é nosso.
Não importa que seja o seu mar territorial
Onde se acha a esmagadora maioria dos poços,
Os royalties são de todos nós, são um bem nacional.

Não importa se nem a soja do Mato Grosso,
Nem a cana paulista, ou o mineiro metal
Não merecem um esquartejamento igual
Ao do seu rico petróleo, ou melhor, do nosso.

Parece injusto, mas é questão de posição:
Se dependessem disso para sua eleição
Eu duvido que não pensariam diferente.

Cariocas, vocês são minoria no plenário
Ficar discordando é fazer papel de otário...
Relaxem e paguem um champanhe para gente...

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Semana de 02/10 a 09/10/2011: O Quase Nobel



Matéria:

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2011/10/ganhador-do-nobel-de-medicina-morreu-tres-dias-antes-do-premio.html 

Resumo:

Desde sempre o Nobel me fascina, acho que ,juntamente com o Oscar e a medalha de ouro Olímpica, se trata de uma das láureas supremas da humanidade. Por isso a história do senhor Steinman me comoveu tanto, e acredito que o mesmo aconteceu com grande parte das pessoas ao ler o seguinte textos nos jornais na semana passada.
 
"A Universidade Rockefeller está encantada que a Fundação Nobel reconheceu Ralph Steinman por suas descobertas essenciais sobre as respostas imunes do organismo", afirmou em nota o reitor Marc Tessier-Lavigne. "Mas a notícia vem com um sabor amargo, uma vez que descobrimos esta manhã pela família de Ralph que ele faleceu há poucos dias após uma longa batalha contra o câncer. Nossos sentimentos estão com a esposa, filhos e família de Ralph".
 
Fico feliz que o Instituto Karolinska tenha sido razoável e mantido o prêmio. Que a descoberta desse valoroso professor perdure por muitos anos e rendam não prêmios mas também muitas curas, sorrisos e histórias.

Poesia:
A notícia veio com alguma antecedência: 
O trabalho de sua vida seria consagrado,
O mundo reconheceria sua competência...
Ganharia o Nobel merecido e desejado.

Mas nem pôde se alegrar quando tomou ciência,
Seu corpo franzino estava tão debilitado
Que nem utilizando sua laureada experiência
Era possível reverter seu triste quadro.

Ciente que nada mais podia contra o seu mal,
A meta virou viver até o anuncio oficial
Fazendo tudo para que seu seu fim atrase.

Mas, ironias da vida, a três dias do Nobel
Escutou o chamado inapelável dos céus
E foi obrigado a partir da Terra no quase.